A Câmara de Vereadores de Nova Odessa estava lotada na sessão desta segunda-feira (01/06) para a discussão sobre a massa falida da empresa Eletrocast Indústria e Comércio Ltda. Ex-funcionários da empresa, alguns que trabalharam anos no local, buscam seus direitos na justiça, pois não receberam nada, nem o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Fizeram parte do debate o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Adriano Lucas Alves; representando os funcionários o senhor Sandro Buzati e a advogada Maria Regina Moretti. Foram convidados, mas não compareceram a reunião o administrador da massa falida Dr. Rolff Milani de Carvalho, representante da Promotoria Pública e da OAB-Nova Odessa. Parlamentares e representantes dos funcionários lamentaram a ausência dessas pessoas tão importantes para a discussão e avanço na solução do problema.
“Vejo como uma falta de respeito à ausência destas pessoas fundamentais nessa discussão. O que temos aqui são pais de família, trabalhadores que derramaram seu suor trabalhando e agora não conseguem receber seus direitos”, declarou Sebastião Gomes dos Santos (SDD), o Tiãozinho do Klavin, autor do requerimento que definiu o debate.
O ex-funcionário da empresa, Sandro Buzati, utilizou a Tribuna Livre da Casa Legislativa, no dia 13 de abril e expôs como justificativa para a realização da audiência as seguintes informações: dificuldade de acesso ao processo e à Promotoria de Justiça, devido à interdição do prédio que sedia o Fórum de Nova Odessa; dificuldade de acesso ao administrador judicial; prejuízos causados pela empresa ao Município, no tocante à arrecadação de impostos, ao meio ambiente e à rede municipal de Saúde.
A empresa estaria devendo cerca de R$ 400 mil aos cofres públicos referentes ao IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), além disso, teria sumido equipamentos do local e estaria provocando danos ambientais. Com base nisso, o vereador Antônio Alves Teixeira (PT), o professor Antônio, defende a lacração da mesma.
“Os funcionários estão aqui hoje em busca de um apoio, uma força, uma voz. O Dr. Roff deve alguma explicação para o município. Tem empresas assumindo o local sem ética, sem administração financeira, deve ser lacrada sim. A empresa que está lá recebe muito dinheiro e não repassa”, argumentou a advogada Maria Regina.
O vereador José Pereira (PPS) sugeriu a formação de uma comissão composta pelos parlamentares e secretário de Desenvolvimento Econômico para agendar uma reunião com o administrador da massa falida. Sugeriu ainda que o debate seja gravado em um DVD e encaminhado aos representantes da empresa, OAB e Promotoria. Todos os demais acataram a proposta e se comprometeram a tentar ajudar. O vereador Vagner Barilon (PSDB) ressaltou que algumas ações o Poder Público poderá fazer, porém outras somente o Judiciário.
“Mesmo com a ausência de pessoas importantes neste debate, não podemos dizer que ele foi infrutífero. Além da comissão proposta, que eu quero participar disso, vou com a diretora do Meio Ambiente e Fiscalização, Aryhane Massita, para uma diligência ver o passivo ambiental, para ver os prejuízos causados e vamos em cima da administração da massa falida para tentar resolver”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Adriano Lucas Alves.
Indarma – Também compareceram ao debate cerca de 20 funcionários da Indarma que vivem situação semelhante com o mesmo administrador da massa falida. O presidente do Legislativo, Vladimir Antônio da Fonseca (SDD), o professor Bi, abriu a palavra para que o ex-funcionário Severino Francisco da Silva falasse em nome do grupo. “Faz cinco anos que a empresa foi vendida. Sabemos que tem dinheiro depositado que pode pagar todos nós. Se comprometeram a dar uma posição até outubro do ano passado e até agora nada”, falou.